Hoje cheguei à conclusão de que não sou uma adestradora. 

Eu transformo vidas. Eu realizo sonhos. Eu faço cães – e suas famílias – mais felizes.

Falta de modéstia? Não. Reconhecimento e mérito mesmo. 

É só perguntar para a mãe de um aluno como ela se sentiu ao ver o cão andar na pracinha de novo depois de aproximadamente seis meses sem sair de casa, por medo de praticamente todo e qualquer estímulo da rua. A emoção eh tanta que geralmente eu e ela  choramos de leve quando ele progride desse jeito. 

Aproveite e pergunte para a mãe de outro aluno, um carinha que tem lá seus traumas e dificuldades, como ela se sentiu ao ver o filhote dela saindo para passear sozinho comigo e, posteriormente, passando um final de semana lá em casa, fazendo amizade com os meus cães. São tantas evoluções que nem sei por onde começar a enumerar.

Ou então converse com um casal de alunos que viram sua pequena superar seus medos e passar a ter uma vida mais próxima do “normal”, com menos pânico de chuva, aceitando melhor a interação com outros cães e com menos medo das visitas. 

Esses são apenas alguns casos, entre tantos outros, de vidas que foram transformadas para muito melhor. De sonhos realizados. De cães que passaram a ter ainda mais qualidade de vida no seu dia a dia.

Isso tudo sem uso de nenhum tipo de aversivo, sem forçar os cães a nada, apenas respeitando o ritmo e o tempo deles. Além é claro, de muito estudo e dedicação. 

Mais de doze anos depois de atender meu primeiro aluno canino, não caibo em mim da felicidade em poder fazer essa constatação. E ao mesmo tempo de saber que ainda há tanto a aprender, a ensinar, tantas vidas ainda a transformar. 


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